15/07/2015
Uma pesquisa inédita realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia em parceria com o Grupo Bayer aponta que 58% dos homens de Curitiba nunca se consultaram com um urologista e 45% deles culpa a falta de motivos para uma visita ao especialista. Com o objetivo de identificar o grau de conhecimento dos homens sobre sua sexualidade e saúde - após os 45 anos - e de que maneira eles lidam com problemas associados à idade, como andropausa e disfunção erétil, a pesquisa apontou que, mesmo preocupados em manter o vigor sexual após os 35 anos, apenas 20% entende que são as mudanças nos níveis hormonais que podem ocasionar a tão temida impotência sexual.
A pesquisa aponta que 62% dos curitibanos nunca ouviu falar de andropausa ou hipogonadismo - processo natural do organismo masculino, no qual, em muitos casos, há queda na produção de testosterona - e 78% sequer conhece os sintomas do problema que pode ocasionar impotência. A falta de conhecimento referente às razões pelas quais pode ocorrer queda nos níveis de testosterona levaram 25% dos homens ouvidos a relacionar o problema com excesso de trabalho e estresse do dia a dia.
"A pesquisa apontou que 75% dos homens não sabem a diferença entre a terapia de reposição hormonal e o estimulante sexual, por exemplo, e acabam se automedicando, o que é um risco ainda maior", alerta o presidente da SBU-PR, Márcio Carvalho, porta-voz no Paraná da campanha da ANDROPAUSA ou Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM).
Segundo os dados levantados na pesquisa o uso recreativo ou sem prescrição de medicamentos para disfunção erétil é de 54% e, nestes casos, são recomendados por amigos, na farmácia ou por meio de informações encontradas na internet.
"São vários os fatores que podem afetar na vida sexual dos homens. É preocupante a informação de que mais da metade dos curitibanos têm buscado a automedicação ao invés de um acompanhamento adequado com especialista para identificação do real problema", explica Márcio ao frisar a importância do acompanhamento com o urologista.
Para Márcio Carvalho, com o aprofundamento dos estudos é de conhecimento que problemas físicos como diabetes, hipertensão arterial, aumento do colesterol, doenças do coração e alguns hábitos de vida incorretos como, fumar, beber e, também, a obesidade, são responsáveis por pelo menos 80% dos casos de disfunção erétil em homens acima de 40 anos.
A pesquisa ainda revelou que 42% dos curitibanos entrevistados relataram que o mau desempenho na "hora H" afeta a autoestima, 28% consideram ter o relacionamento prejudicado com a parceira e 17% tem menor qualidade de saúde e bem-estar. O desempenho sexual, segundo dados da pesquisa, está ligado tanto ao receio de não ter ereção (33%) quanto de não satisfazer a parceira (32%).
INFIDELIDADE
Para a satisfação das mulheres, 66% dos curitibanos afirmaram na pesquisa serem fiel à companheira, ficando na contramão do índice nacional, onde mais da metade dos homens entrevistados assumiram ter traído a companheira. Já em relação ao futuro, 45% dos entrevistados encara a velhice de forma positiva, ressaltando pontos como ter mais tempo para curtir a família (28%) ou se dedicar a um hobby (17%).
